domingo, 22 de março de 2015

Golpes no Bilhete Único!

Ontem, dia 21 de março, sábado, fui carregar o bilhete único lá na Estação de Metrô da República. Paguei R$ 20,00 de crédito, mas já tinha no cartão um de saldo, R$ 3,50. No entanto, quando recebi o comprovante de recarga, o saldo anterior estava zerado. Totalizando apenas os R$ 20,00.

Desconfiei de que estavam roubando os créditos antes. Isto porque pelo menos por duas vezes notei que não tinham os saldos anteriores no bilhete, quando fui carregar o cartão. Poderia ser uma impressão minha. Então, ontem, ao passar na catraca do ônibus, prestei a atenção no saldo restante, e que é mostrado em um monitor. E estava lá exatamente R$ 3,50.

Desci no Terminal Bandeira de ônibus. Pois, eu estava vindo do bairro para a cidade. E no caminho para a Praça da República, na Rua 7 de Abril, pensei no que faria, caso confirmasse o roubo. Se eu iria reclamar de imediato. Ou se calava, para pensar em um procedimento mais cauteloso, afim de flagrar o crime. Isto é, pensar em um meio de conseguir a prova do crime. Isto porque normalmente não tem como provar de que foi vítima de roubo. Não para esse caso. Salvo alguém resolvesse investigar.

Mesmo assim, se o Ministério Público, ou alguma autoridade conseguisse provar de que houve o roubo, certamente descobriria de que foi muito mais, porque eu não seria um único caso. E provavelmente o responsável seria punido de maneira discreta, e o seu nome não apareceria nas mídias. E entraria apenas como mais um caso de corrupção endêmica no país.

No Brasil tem muitos casos de roubos, serviços mal feitos, impunidades, abusos de poder etc., aonde não aparecem os nomes. As mídias estão recheadas desses casos, aonde só aparecem as instituições responsáveis.

A saída, no meu ver, é pegar o nome do responsável (ou responsáveis), divulgá-lo(s), e cobrar das autoridades a devida punição. Somente assim é que acabaria com as impunidades. É preciso dar os nomes aos bois.

Mas infelizmente ontem decidi pela primeira opção. Isto é, reclamei. E é claro, a funcionária que me atendeu disse que não teria o que fazer, porque o sistema é automático, que ela estava lá apenas como funcionária etc. Evidentemente. Nesse caso, não teria culpados. Um álibi perfeito para o roubo. Porque o dinheiro iria para alguém, e ninguém sabe quem, ou aonde.

E evidentemente os responsáveis vão esconder o golpe, escapando assim do flagrante. Infelizmente.

Alertei então, a outros clientes a não carregarem os seus bilhetes naquele quiosque. Certamente que a funcionária não gostou da minha atitude. Fui embora, já alterado. Subi para a praça afim de procurar algo para comer (estava na hora do almoço e com fome). Mas os preços dos salgadinhos eram por demais caros e abusivos. Desisti, e voltei para a estação. Como vi que tinha mais gente a carregar os bilhetes únicos, alertei-os de novo.

Foi quando a funcionária do quiosque disse que eu estava ferindo a dignidade dela e pediu para que eu esperasse, que ela iria chamar alguém para resolver o problema. Então, deixei claro para os clientes da fila de que ela é apenas uma funcionária, e que não tinha nada a ver (será?). E que eu estou exercendo a cidadania, alertando as pessoas sobre o golpe.

Saí do lugar, pensando em como conseguir flagrar esse tipo de crime. Pois, se não fizemos nada, este país continuará do jeito como está: Com a má fama de ser uma terra de corruptos, aonde o crime compensa, a justiça é falha, e a incompetência impera. E para esses casos, não há manifestação pública que resolva. Mesmo que tenha mais de dois milhões de pessoas na Av. Paulista. Pois, o problema não está nos políticos, e sim, no comportamento do povo.